A elastografia é uma técnica de diagnóstico nova e ainda é pouco utilizada no Brasil, apesar de já estar disponível nas melhores clínicas de diagnóstico por imagem.
Cada tecido do corpo humano tem uma elasticidade específica e alterações nesta elasticidade podem indicar problemas ou doenças. A elastografia utiliza ondas sonoras para medir essa elasticidade, observando assim se existem áreas mais rígidas do que o normal. O exame é simples e indolor, não utiliza agulhas e tem alta eficácia no diagnóstico de doenças.
Mais do que apenas uma alternativa à biópsia, o procedimento permite identificar ou descartar a existência de doenças, avaliar a extensão das complicações, indicar os riscos que o paciente corre e verificar em qual estágio uma doença está.
Quando a elastografia é indicada?
A elastografia é indicada quando há suspeita de alguma doença que causa alterações na rigidez do tecido, como as que apresentam nódulos, fibrose ou alterações vasculares, por exemplo.
Na prática, é principalmente indicada quando há suspeita de alguma doença hepática, como a fibrose e a esteatose hepática – presença de gordura no fígado.
Também pode ser utilizada na detecção de tumores na glândula tireoide e nas mamas, bem como para diferenciar se os nódulos presentes em um órgão são benignos ou cancerígenos, evitando assim a realização de uma biópsia.
Elastografia Hepática
A elastografia hepática dura de 5 a 15 minutos e pode ou não ser necessário algum preparo ou jejum antes do procedimento, dependendo da orientação médica.
O exame pode ser utilizado para diagnosticar e avaliar problemas no fígado, como hepatite, cirrose, esteatose, hemocromatose, Doença de Wilson, dentre outros.
Além disso, pode ser utilizada para acompanhar o sucesso de um tratamento, pois ela permite avaliar a melhora ou piora do tecido hepático.
Elastografia da Tireoide
O aparecimento de nódulos na tireoide não é um problema incomum, sendo 90% desses nódulos benignos. A principal utilidade da elastografia nestes casos é substituir a biópsia como forma de identificar se esses nódulos são malignos ou benignos.
O procedimento é rápido e indolor e, na maioria das vezes, não exige preparação prévia.
Elastografia da mama
Uma das principais dificuldades do câncer de mama é o seu diagnóstico precoce: o índice de falsos-negativos nos exames de ultrassom pode chegar a 78%, principalmente quando o tumor é menor que 5mm. Assim, a maioria das mulheres só descobre a doença em estágios mais avançados.
Isso acontece porque a maioria dos tumores nas mamas são formados por tecidos isoecóicos, ou seja, o tecido do tumor tem a mesma ecotextura que os tecidos ao seu redor. Por este motivo, alguns tumores não são identificáveis na ultrassonografia em escala cinza.